Escolas sem energia elétrica no Estado do Amapá.





Relatório da realidade de muitas escolas da zona rural

Atualmente trabalho no Ensino Modular, um projeto que leva educação aos lugares mais distantes da zona rural do Estado do Amapá. Estive lendo o manual Guia do cursista e descobrir que a tecnologia não é só computador, internet, mas também qualquer material impresso, lápis, caneta, quadro, giz, cadeiras, ou seja, tudo que possa está ao alcance dos educando. Diante dessa informação pude observar que os alunos da zona rural não estão muito longe da tecnologia pelo menos o material básico ainda se pode ter acesso.
Pelas escolas por onde tenho passado na sua grande maioria a falta de energia elétrica estão imperando o avanço da tecnologia, da informação digitalizada, online, através dos sites, das redes de computadores. O progresso tecnológico está fadado ao esquecimento, pois de que adiantam enviar computadores as escolas se não tem como funcionar, as máquinas chegam e ficam em um canto sem poderem ser utilizadas. Quando não há falta de energia outro empecilho acompanha, as escolas não recebem adaptações para que tais aparelhos sejam instalados, pois, faltam recursos humanos capacitados para repassar informações aos alunos no manuseio correto de pesquisas escolares, acesso a redes sociais seguras, tudo é feito de forma impensada sem um planejamento pré estabelecido.
Enfim, a era digital está longe de se tornar uma realidade em grande parte da zona rural do Estado do Amapá, os gestores precisam se empenhar mais no sentido de buscar mecanismos junto às lideranças, para verificar a melhor forma de amenizar esse atraso da tecnologia digital, pois, os alunos tem sede de novas informações eles precisam implementar seu cabedal para poder acompanhar o mundo além da sua realidade.

A EDUCAÇÃO E AS TECNOLOGIAS

Segundo comentários de Ladislau Dowbor a educação nas escolas atualmente é vista de forma introdutória, pois não inclui no currículo o funcionamento de uma empresa, salário, ética e quando esse jovem sai da escola sem essa base prática acaba ficando frustrado com a profissão a qual queria ou pensavam que seria o que imaginavam.
A mudança nos currículos das escolas se faz necessário, mas não é só isso, é preciso avançar quanto o uso das tecnologias digitais, capacitar os profissionais no sentido de dar subsídios para os educandos que necessitam fazer alguma pesquisa escolar ou mesmo utilizar as redes sociais com segurança. Mas já se observa principalmente na zona urbana, que gestores e professores estão buscando aperfeiçoamento através dos cursos, para poder sugerir aos seus alunos, temáticas para pesquisa e mesmo para ajudá-los no manuseio dessas máquinas no sentido de fazer essa interação com a realidade na qual estão inseridos e assim, conquistar autonomia tecnológica.